Historieta – Só amando (Capitulo IV)...
O barulho que a porta vez ao ser aberta foi o suficiente para chamar a atenção de José e da outra pessoa que se encontrava ao lado de seu leito.
_ A senhora está bem? Perguntou o enfermeiro que a segurou nos braços.
_ Sim! Disse ela se pondo de pé e voltando pelo corredor em direção a saída.
José então pediu para que a pessoa que o acompanhava fosse falar com ela, se explicar.
Antes que Ana Clara chegasse ao carro ela ouviu a pessoa chamando-a pelo nome.
_ Por favor, Ana Clara espere, preciso lhe falar! Pedia a pessoa suplicante.
_ Não há nada a dizer.
_ José me pediu para conversar com você, ele disse que você é a melhor pessoa que ele conhece.
_ Talvez ele esteja enganado? Disse ela abrindo a porta do carro.
_ Nós estamos juntos há quase dez anos e quase não temos amigos, mas gostamos muito um do outro, por favor, me ouça! Pedia a pessoa em lágrimas.
_ Meu Deus! Eu não consigo... Entender... Isso é inexplicável para mim, eu tenho uma formação cristã... Eu... Eu...
_ Você é preconceituosa! Igual a todas as outras pessoas.
_ Eu acho que sou! Eu não aceito isso! Isso é horrível...
_ Acha que nos sentimos as pessoas mais felizes do mundo, estamos excluídos, a minha mãe mandou surrá-lo até a morte e se não fosse por você ele estaria morto e eu também. Sou de uma família com um nome, eles nem se importariam se a relação fosse escondida, mas se for às claras então as chamas do inferno me aguardam. Nós nos amamos muito, eu posso adivinhar o que ele quer e ele faz o mesmo, vivemos há 9 anos juntos, as pessoas suspeitam, mas ficam na dúvida e com isso a gente consegue trabalhar, ser tratados com respeito por aqueles que nos conhecem, se você dizer isso na empresa tudo estará acabado, pois ele vai ficar desempregado e minha família vai conseguir nos afastar de uma vez por todas.
_ Eu não vou dizer nada a ninguém. Disse Ana Clara decidida a ir embora.
_ Por favor, tente se por em nosso lugar só uma vez! Pediu a pessoa antes que Aninha saísse com o carro.
De volta ao quarto a pessoa informou a José que a conversa foi horrível e que ele se preparasse para o pior.
_ Você não conhece a Aninha. Ela vai nos ajudar, pode acreditar! Disse José à pessoa.
Continua...