Historieta - Só amando (Capitulo II)...
Ao sair do serviço Ana Clara viu quatro homens agredindo covardemente alguém sem pestanejar começou a gritar para os seguranças da empresa onde trabalhava e saiu correndo em direção aos agressores.
_ Parem com isso! Parem com isso! Gritava ela agitando os braços e a bolsa.
Os homens não iriam parar baseados apenas nos pedidos de uma mulher franzina, mas quando viram que atrás dela seguiam cinco guardas armados, a coragem e a valentia os abandonaram e eles saíram correndo entrando em um carro que saiu em disparada.
Ana ouviu um dos homens disserem:
_ Isso é pra você ficar longe! Dona Petrolina manda-lhe lembranças! Fique longe, isso é uma ordem.
Ao aproximar-se viu que o agredido covardemente era José, seu colega.
_ Meu Deus! Chamem uma ambulância! Gritava ela para um dos guardas.
Chorando, ajoelhou-se no chão e pediu a Deus que o deixasse viver e vendo que José não estava se mexendo abaixou sua cabeça e encostou seu ouvido no peito dele e sorriu feliz ao anunciar aos outros guardas que estavam a sua volta:
_ O coração está batendo, ele está vivo!
Quando a ambulância chegou e recolheu José, ela seguiu com eles. Ela juntou suas coisas que estavam espalhadas pelo chão e buscou em sua carteira seus documentos, que foram apresentados no hospital.
Depois de devidamente atendido, o médico veio perguntar-lhe:
_ Senhora, o que a senhora é dele?
_ Sou a colega de serviço.
_ A senhora conhece algum parente dele?
_ Não!
_ Existem contas que precisam ser pagas...
_ Não tem problema, eu pago! Disse Ana Clara ainda com o rosto sujo de sangue.
_ A senhora quer vê-lo?
_ Sim! Mas antes posso fazer uma ligação, por favor?
_ Sim!
Ana Clara ligou para a mãe e informou tudo o que estava acontecendo.
_ Tudo bem! Filha daqui a alguns minutos eu estarei aí.
_ Obrigada mãe!
_ Então vamos? Disse o médico assim que ela desligou o telefone.
Já no quarto do hospital, ela viu José dormindo.
_ Por que ele está dormindo?
_ Ele está sedado. Disse o médico.
_ Foi grave?
_ Sim! Ele trincou duas costelas e machucaram bastante a região das genitálias dele.
_ Que horror!
_ O que ele fez para essas pessoas? Perguntou o médico.
_ Não sei! Mas acredito que eles pegaram à pessoa errada, pois ele é um doce de pessoa, educado, gentil, bom...
Nisso entra uma enfermeira.
_ Doutor a policia está aí? E o chefe dele também. Disse ela.
_ Com licença! Disse o médico ao sair acompanhando a enfermeira.
Ana Clara se aproximou e chorando tocou a mão de José com infinito carinho.
_ Oi! Aninha. Sussurrou ele.
_ Oi! Que bom te ouvir. Disse ela segurando sua mão e chegando mais perto e beijando sua testa.
_ Que pena é te ver chorar! Disse José.
_ Essas lágrimas são de felicidade por te ver bem. Você não quebrou nada, só trincou duas costelas e machucaram bastante seu... E ficando rubra calou-se.
_ Eu sei!
_ Por quê?
Antes que aquela conversa pudesse continuar o médico adentrou ao quarto com dois policiais e o chefe de José.
Continua...