Historieta: A arte de educar... (Capitulo XI)
Gustavo agora com cinco anos, se esforçava para ler e fazer muitas coisas.
Autonomia era a habilidade que Ana buscava desenvolver no filho diariamente.
Assim que adentraram o mercado Ana pediu a Gustavo:
_ Filho vá pegar a bolacha que você gosta, mas lembre-se de ver o preço!
Gustavo que já sabia onde era a prateleira das bolachas saiu correndo e parou diante da prateleira, mas haviam colocado a bolacha na parte de cima, então ele ficou ali parado olhando para a bolacha sem conseguir pegar.
De repente uma moça pegou uma bolacha e então ele lhe disse:
_ Por favor, a senhora poderia pegar uma bolacha dessas para mim?
_ Mas é claro! Disse Ligia olhando o menino e percebendo que era um portador da síndrome de down, ficou emocionada.
_ Obrigado! Mas uma coisa, por favor!
_ O que é?
_ A senhora pode ler o preço da bolacha?
_ Você sabe ler os números? Perguntou ela.
_ Sei sim!
_ Então prove? Desafiou Ligia.
_ Qual preço aqui em baixo a senhora quer que eu leia? Perguntou ele.
_ Este! E apontou para um preço grande que estava num cartaz.
_ É 59!
_ 59 o que?
_ Centavos!
_ E esse? Disse ela apontando outro.
_ 1,20! A senhora não quer me ajudar?
_ É claro! O que você quer mesmo?
_ Saber o preço dessa bolacha?
_ 1,99!
_ Obrigado! A senhora é ótima pessoa.
Assim que ele ia correr Ana se aproximou dizendo:
_ Por que demoras filho?
_ Eu não conseguia pegar nem ver o preço, pois ficou no alto! Disse ele apontando para a prateleira.
_ E como conseguiu?
_ Pedi pra moça. Mas ela não estava acreditando que eu sei ler os números, então tive que provar. Disse ele apontando para Ligia.
_ Ana é você?
_ Sim! Sou eu e você quem é?
_ Sou Ligia fomos colegas na faculdade, não se lembra?
_ Ola! Como vai! Você está muito diferente, mais bonita!
_ Quem é esse menino lindo?
_ É meu filho Gustavo, tem cinco anos.
_ Ele é muito inteligente.
_ É um presente!
_ Você só tem ele?
_ Não! Ele é o caçula de três filhos. E você?
_ Só tive um!
_ Onde ele está?
_ Não sei! Vou lhe dar meu cartão caso precise, saiba que me tornei psicóloga infantil.
_ O que foi? Perguntou Ana ao ver a emoção de Ligia.
_ Nada! E saiu quase que correndo do mercado.
_ O que houve com ela mamãe?
_ Acho que o bebê dele não está bem.
_ Que pena! Eu nem beijei ela, mamãe.
_ Tudo bem! Quem sabe você possa beijar outro dia.
_ Ta bom!
Ana guardou o cartão, terminou as compras e foi para casa.
Continua...