Historieta: A arte de educar... (Capitulo X)

Ana passou a desenvolver a inteligência e os sentimentos de seus filhos através das fabulas e contos ela conversava com eles sobre valores, Deus e os princípios basilares da Lei da Natureza.

Certo dia Cristina chegou em casa muito brava com a sua professora, pois esta havia falado mal da religião de uma das crianças de sua sala de aula.

Então Cristina contou pra mãe como foi isso:

_ A professora começou a falar que Deus não gosta de imagem e que os símbolos são uma ofensa a Deus, mas a minha colega acredita nos santos e tem imagens desses santos em casa, então no intervalo ela estava chorando.

_ E o que você fez?

_ Falei pra ela não chorar, que discutir religião era uma bobagem, pois Deus é pai de todos nós. Então ela riu e fomos brincar.

_ O que disse pra professora?

_ Perguntei para ela se ela tinha fotos em casa?

_ E ela?

_ Disse que tinha, mas ai o sino bateu.

_ Amanhã vou à escola com você e então você conversará com a professora e lhe dirá que sua fala ofendeu sua amiguinha e que isso não pode ser certo e lhe falará sobre as fotos e tudo vai ficar bem.

Ana que tinha o telefone da diretora da escola ligou e falou sobre o assunto e marcou uma reunião na manhã seguinte e pediu para que ela não interviesse na conversa deixando Cristina buscar uma solução com a professora.

Na manhã daquele dia Cristina levou as crianças para a escola e deixou Gustavo em casa com Patrícia, assim que chegou a escola Joaquim foi para a sala e Cristina e a mãe seguiram para a diretoria.

_ Oi! Ana que saudade de você! Disse a diretora.

Elas se abraçaram e a diretora cobrou a promessa dos novos cursos, ao que Ana respondeu:

_ Quando quiser é só marcar com antecedência e me dizer sobre que assunto deseja que eu fale.

A professora logo adentrou a sala e ao ver Ana se assustou, pois não sabia que ela era a mãe de Cristina.

_ O que a senhora deseja? Disse ela se dirigindo a diretora depois de cumprimentar sua aluna e Ana, uma lenda viva naquela escola.

_ Vânia essa aluna deseja lhe falar sobre a aula que você deu ontem na sala dela.

_ Pois não! O que é? Disse a professora buscando na memória a razão daquela conversa.

_ A senhora ontem nos falou sobre as imagens, que Deus não gosta que façamos imagens das coisas, certo?

_ Sim! Isso é uma passagem bíblica.

Cristina parou um pouquinho e disse:

_ Também faz parte da Bíblia o não julgamento, certo?

_ Sim! E daí?

_ A Carolina chorou no intervalo, porque ela é de uma religião que tem imagens. E ela ficou triste com o que a senhora disse. Depois eu disse pra ela que discutir religião era uma bobagem, porque Deus é um só. E tem tanta coisa errada na Bíblia.

_ Qual? Por exemplo?

_ Lá no velho testamento quando Deus dá aos homens os Dez Mandamentos e diz para não matarmos, mesmo assim o homem continua matando e achando certo. E ainda justifica as mortes dizendo que são em nome de Deus.

_ Quem ensinou tudo isso pra você?

_ Minha mãe.

_ Ontem você me perguntou sobre fotos na aula, por quê?

_ A senhora tem fotos?

_ Sim! Vários álbuns. Por quê?

_ As imagens dos santos são como as fotos a lembrarem as pessoas de algumas religiões que existem seres superiores, assim como a senhora deve se lembrar de seus pais que são pessoas queridas, mas que já se foram.

_ É verdade! Você é muito inteligente.

_ As fotos também são uma forma de imagem, e não quer dizer que a senhora cultua a foto, mas ela é uma forma da senhora lembrar-se de seus pais.

_ Acho que terei que pedir desculpas a Carolina e a todos, pois só trouxe a informação sem refletir sobre suas implicações sobre a forma de crer de muitas pessoas. Desculpe-me! Que Jesus continue te iluminando e muito obrigada pela nossa conversa!

_ Obrigada professora a senhora é dez! Minha mãe tinha razão.

_ Sobre o que?

_ Que quando a gente deixa o orgulho de lado a gente ouve melhor e compreende tudo.

_ É isso ai!

Cristina abraçou a professora, que a beijou e disse:

_ Você é linda! Que Jesus te abençoe! Agora vá para sua sala.

_ Vânia venha cá que eu quero te apresentar uma grande professora! E apontando para Ana disse:

_ Essa é Ana, a nossa palestrante duas vezes no ano.

_ Eu posso não conhecê-la, mas sua fama a precede em todo o lugar por onde você passou. Principalmente aqui na escola, onde você é uma lenda viva!

Ana sorriu e viu que os elogios eram verdadeiros.

_ Fico feliz de ver que você é uma ótima professora e que minha filha está em ótimas mãos. Parabéns por sua atitude em ouvir o que ela tinha a dizer. Você ganhou minha admiração acredito que profissionais como você que não tem medo de se perceber humano são verdades jóias, porque mostram aos nossos filhos valores e caráter que não há dinheiro que pague.

_ Mas um aumento ajuda! Disse a diretora para a risada de todos.

_ Eu também acho! Respondeu Vânia.

Ana estava feliz com o desfecho da história, principalmente porque Cristina falou com segurança e quando teve duvidas parou um pouco para pensar, isso era maravilhoso.

De volta em casa foi informada que havia esquecido de passar no mercado, então colocou Gustavo na cadeirinha e foi ao mercado, enquanto Patrícia cuidava de outras coisas.

Continua...