Historieta: Mais uma emoção... (Capitulo I)
Seu José era homem trabalhador e austero, ensinara aos filhos bons princípios, possuidor de certo grau de religiosidade, era amado e querido pelos vizinhos do bairro onde morava com a família desde o seu casamento.
O morador da casa ao lado por problemas de saúde havia alugado a casa a uma família nova no bairro, esses vizinhos ao observarem movimentos diferentes na casa de seu José e ouvindo a gritaria promovida pelo filho desse senhor e movido pelo conhecimento de nova lei, que protege a criança e o adolescente fizeram uma queixa anônima a policia.
Não tardou para a policia chegar, pois era preciso mostrar serviço no atendimento do Novo Estatuto.
_ Boa noite! Senhor nós viemos verificar uma denuncia... Dizia o policial a seu José no portão de sua casa.
Assim que Clara a filha mais velha apareceu na porta com o rosto todo roxo.
_ Afaste-se senhor do portão! Gritou o policial para seu José antes de jogá-lo ao chão e algema-lo diante das filhas perplexas pela ação da policia.
_ O que está acontecendo? Perguntava dona Paulina a vizinha do lado que vinha em socorro ao desespero das meninas que gritavam com os policiais.
_ Larguem o meu pai! Diziam elas chorando.
_ Nós precisamos levá-lo a delegacia e vocês precisam vir juntas. Afirmou o policial, enquanto seu José era carregado e jogado na viatura.
_ Para onde vão levá-lo? Perguntava dona Paulina agora já cercada por vários vizinhos.
_ O que ele fez? Perguntou um senhor.
_ Vocês precisam vir conosco. Disse o policial as meninas.
_ Não podemos temos que cuidar de nosso irmão. Respondeu Clara.
_ Que irmão?
_ O nosso irmão Alex que está lá dentro.
_ Vamos vê-lo! Disse o policial, mas assim que ele entrou no quarto viu um furo no forro e um jovem amarrado a cama, num ataque de fúria, assim deduziu o policial ao ver o jovem se mexendo de um lado para o outro.
_ Vamos levá-lo? Perguntou o outro policial.
_ Soltem-no e ponha no banco de passageiro. Disse o outro.
_ Não! Por favor, não façam isso! Disse Ana em pânico.
_ Para onde vão levá-lo? Perguntou Clara
_ Para a delegacia e vocês vão também. Disse o policial.
_ Nós iremos e elas irão conosco. Disse dona Paulina acompanhada de vários vizinhos que já estavam com bolsas e seus carros na rua.
Os carros saíram abarrotados de gente e logo na delegacia se viu um verdadeiro tumultuo de pessoas todas interessadas em saber o porquê de seu José estar ali.
_ Qual é o seu nome? Falou rispído o delegado.
_ José... Respondeu ele olhando para os lados.
_ Seu José o senhor sabe porquê está aqui?
_ Não senhor! Onde estão meus filhos?
_ É por causa deles que o senhor está aqui...
_ O que o meu menino fez doutor? Disse seu José desesperado.
_ Ele não fez nada! Quem fez foi o senhor! Como que o senhor me espanca os seus filhos? O senhor não sabe que a lei mudou?
_ Eu não bati nos meus filhos doutor!
_ O senhor é bem mentiroso, pois sua filha está com a cara roxa. Diz o delegado.
_ Mas não foi meu pai quem me bateu! Diz a jovem desesperada ao ouvir aquela acusação feita ao pai.
_ Menina você não precisa mentir. Afirma o delegado.
_ Senhor quem me bateu foi meu irmão, porque eu tentei impedi-lo de roubar o nosso vídeo-cassete e trocar por drogas na rua... Disse Clara soluçando amparada pelos vizinhos que começam a falar ao mesmo tempo.
Continua...