Historieta: Trinta dias para amar... (Capitulo V)
No vigésimo terceiro dia Pedro pegou Ana no colo mais não saiu do lugar, ficou olhando-a nos olhos e desejou rete-la em seus braços por mais tempo.
_ E aí? Vai ficar parado aqui?
_ Eu... Disse ele e sorriu.
Ainda ficaram se olhando por mais uns minutos e depois ele a conduziu para fora.
No vigésimo quarto dia Pedro estava decidido, não iria perder a esposa, a outra que o perdoasse, mas ele tinha muito e não queria mais abrir mão do que tinha.
Naquele dia ele levou Ana até a porta, mas ela pediu para voltar pra dentro e disse que iria ficar em cama, pois estava de folga.
Pedro não teve coragem de sair e disse que ficaria com ela e eles passaram o dia conversando, rindo e se esbarrando.
A outra ligava insistente, mas ele nem dava bola. Não queria mais saber e tomou a decisão de não mais sair de casa, de não mais se divorciar.
No vigésimo quinto dia ele a carregou pela casa, ela estava leve e ele sabia por que: ele a amava. E o amor com certeza não pesa.
Do vigésimo sexto ao vigésimo nono dia Ana ficou em casa, apesar de todos os dias ele a levar até a porta e depois a reconduzir até a cama novamente.
No trigésimo dia ele fez o ritual e depois a devolveu a cama.
_ Ana eu a amo! Disse ele baixinho quando a colocava novamente na cama.
_ Eu também! Respondeu ela.
E tomando fôlego continuou:
_ Eu nunca deixei de amá-lo e nosso filho também te ama e vocês deverão estar sempre juntos. E dizendo isso beijou o marido ternamente.
Ela sentou-se na cama e eles ficaram abraçados e Pedro percebeu o quanto ela estava magra e que tinha um sorriso lindo e os olhos mais azuis ainda. Ela estava de repente tão linda.
_ Eu vou resolver tudo e já volto! E a deitando na cama saiu apressado e foi até a casa da amante onde bateu na porta.
_ Ah! Pedro é você? Disse ela querendo abraçá-lo.
_ Sou eu e eu não quero mais o divórcio!
_ O que?
_ Eu não vou me separar de Ana, eu a amo, sempre a amei, só estive distante a ponto de não vê-la mais como ela realmente é.
_ Você está doente? Você está quente. Disse ela colocando a mão sobre sua testa.
_ Não! Eu estou bem. Para mim está tudo acabado, seja feliz com outra pessoa.
Então ela percebendo-o decidido esbofeteou-lhe a face e bateu a porta em seu rosto.
Pedro desceu as escadas e no caminho parou numa floricultura, onde comprou imenso buquê de flores vermelhas e no cartão escreveu: “Ana carreguei-te por trinta dias para perceber que não conseguirei ficar sem te carregar, então prometo que te carregarei todos os dias até a morte.”
Assinou e seguiu para casa.
Continua...