Historieta: Trinta dias para amar... (Capitulo IV)

No vigésimo primeiro dia ele sentiu vontade de não sair de casa, de ficar e observar a esposa por mais tempo.

Sentiu o coração apertado, aflito, mas o dever o chamava.

Levantou-se e chamando a esposa ao quarto, pois essa já havia a muito levantado e preparado o café.

_ Sim! Disse ela ao entrar.

Então ele a pegou no colo e a conduziu até a sala e depois até a porta da rua e ela então lhe disse:

_ Hoje tem 21 dias que você me traz até a rua!

_ Já! Exclamou ele.

_ Já! Disse ela sorrindo.

_ Nem percebi. Disse ele segurando a mão dela.

_ Falta pouco. Disse ela.

_ É! Disse ele sentindo um aperto no peito.

Naquele momento Pedro se dava conta que estava se despedindo da esposa, mas pela primeira vez não tinha mais certeza do que queria.

_ Eu preciso ir. Disse ela olhando em seus olhos.

_ Então ta!

_ Você precisa soltar a minha mão! Disse ela sorrindo.

_ Ah! Desculpa nem percebi que estava segurando. Disse ele sem jeito.

Ela saiu sorrindo e ele ficou vermelho e sem graça.

A amante insistia em se encontrar com ele, mas naquele momento ele não desejava vê-la.

No dia seguinte ele a carregou e a beijou de leve nos lábios na despedida a porta da rua.

Seu coração bateu descompassado durante todo o dia, suspirou profundamente e desabafou com o amigo e sócio:

_ Não sei o que há comigo, mas agora tenho dúvidas sobre o que quero!

_ Como assim?

_ Acho que me apaixonei de novo por Ana.

_ O que?

_ Há alguns meses atrás Ana ficou muito triste e um pouco distante, foi ai que conheci a outra e ela me fez ver coisas novas e então eu me apaixonei por ela. Ela é jovem, bonita, sensual, e faz coisas que até Deus duvida.

_ Ela sabia que você era casado?

_ Sim! E disse que não se importava, mas depois começou a exigir mais de mim e eu achei que a amava e então propus o divorcio para Ana. Mas agora não sei de mais nada.

_ Você acha que uma pessoa que começa um relacionamento com uma pessoa casada é digna de confiança? Pense bem meu amigo para não se arrepender depois. Disse Jorge antes de sair da sala de Pedro.

Pedro não tinha resposta para aquela pergunta.

Continua...