Historieta: Trinta dias para amar... (Capitulo III)
No sexto dia, ele sentiu que ela estava a cada dia mais leve e lhe fez um gracejo:
_ Está ficando mais magra?
Ela o olhou, beijou-lhe a face e sorriu docemente.
Ah! O sexto dia foi duro de passar, pois a amante queria sua presença durante a noite e ela insistia sem parar.
_ Não posso! Eu tenho um acordo a cumprir para que possamos ficar juntos, tenha calma! Dizia ele.
_ Então amanhã almoçaremos juntos, pois você só volta para casa à noite, certo?
_ Certo! Encontro-te amanhã para o almoço. Disse ele ao telefone.
Ficou a pensar que a esposa jamais lhe exigirá nada, que era só compreensão em tudo.
No sétimo dia depois de carregá-la disse que iria almoçar fora e ela apenas sorriu. Naquele dia não pode encará-la.
A lembrança daquele sorriso lhe torturou o dia e durante o almoço sentiu-se mal, voltando para casa mais cedo, onde encontrou a esposa a preparar o jantar.
Ao vê-lo ela perguntou o que sentia, ele lhe disse, ela correu a cozinha e preparou um chá.
Depois de alguns minutos ele estava bem novamente.
No oitavo dia estavam todos em casa e mesmo assim ele a conduziu no colo até a sala para delírio do filho que já estava acordado.
_ Vamos tomar café fora? Disse ele.
_ Vamos! Respondeu o filho.
E a mãe assim sentiu-se intimada a acompanhar os dois cavalheiros.
Ele então a pegou no colo e a conduziu a porta da rua, onde adentraram no carro e saíram.
Depois do café resolveram passear no parque público da cidade e Ana demonstrando uma felicidade indizível viu um vendedor de flores e comprou duas rosas que ofertou ao filho e ao esposo.
_ Não é o homem que dá rosas a mulher? Perguntou o filho.
_ Não sei! Disse o pai sem graça.
_ Elas representam gratidão e amor e podem ser dadas por qualquer um. Homem ou mulher, jovem ou velho, o que conta é a intenção, o sentimento expresso no presente que exala perfume e doçura.
_ Lindo! Isso que você disse mãe. Disse o filho abraçando-a.
Voltaram para casa e ficaram todos juntos assistindo TV e jogando conversa fora.
No nono dia ele a enlaçou sorridente.
No décimo dia, décimo primeiro, décimo segundo, décimo terceiro, décimo quarto, décimo quinto, décimo sexto, décimo sétimo, décimo oitavo, décimo nono, vigésimo, durante todos esses dias ele chegou mais cedo em casa e passou a ajudar a mulher no preparo do jantar, às vezes trazendo algo pronto da rua.
E durante todos esses dias conversaram e se lembraram de momentos felizes que marcaram suas vidas.
Continua...