Historieta: Realizando sonhos (17ª parte)...
Assim que os primeiros impactos daquelas revelações passaram seu Augusto perguntou:
_ E o tal Manuel onde está?
_ Ele morreu! Disse José ao perceber a palidez de Maria Francisca.
_ Então você é viúva?
_ É isso mesmo senhor! Disse José ao ver que ela não mentiria para o pai.
_ Tudo bem! Você ainda pode se casar novamente! Descansem, pois depois conversaremos mais sobre isso.
Os dias se passaram, mas ninguém se atrevia a ser indelicado com Maria Francisca, pois além de mãe, ela ainda era viúva, e seu pai um homem muito temido.
Seu Augusto reconhece publicamente, ou seja, em documento a paternidade de José e Maria.
Alberto finalmente parte em direção ao Brasil seis meses depois de retornar a Portugal. Ele nunca leu a carta que Maria Francisca lhe escrevera, pois quando esteve na quinta dos Carrasqueira quando dona Rosálina falou-lhe da tristeza do pai após a partida da senhora, e isso foi o suficiente para que ele se retirasse do local sem pegar a carta.
Pedro cresce e é a alegria da casa. Ele começa a caminhar e já balbucia algo incompreensível aos ouvidos de todos, mas seu Augusto acha que ele está querendo dizer:
_ Vovô!
José passa a administrar a fazenda e seu Augusto começa a planejar o casamento de suas duas filhas.
Alberto chega ao Brasil e começa a procurar por Maria Francisca, depois de três meses ele a localiza e certificasse de que se trata da jovem que ele buscava.
Então se dirige para a vila próxima da fazenda a fim de promover um encontro no qual possa se vingar dela.
Assim que chega a pequena vila é confundido pelo padre da paróquia com um seminarista em teste, que deveria chegar naqueles dias.
Ao perceber o engano Alberto não busca desfaze-lo, pois isso o colocará mais perto de sua presa.
O menino Pedro comemora seu primeiro ano de vida e Alberto finalmente tem a oportunidade de conhecer Maria Francisca, mas assim que se depara com ela o seu coração expressa outro sentimento fica encantado com a beleza, a sua jovialidade e começa a desejar vê-la mais de perto.
Certo dia ela adentra o confessionário da igreja para fugir de mais um pretendente a marido no exato momento em que Alberto tirava uma pestana.
_ Padre socorra-me!
_ Por que minha filha? Diz Alberto no susto.
_ Preciso escapar de mais um pretendente...
_ Quem está ai? Disse ele curioso para saber de quem era tão bela voz.
_ Ora padre! Sou eu Maria Francisca.
_ Filha, você é uma pecadora... Diz Alberto num impulso. Quase se batendo pela bobeira.
_ Padre até parece que não conhece minha história...
_ Conte-me novamente. Diz ele disfarçando a voz.
_ Bem! Eu já lhe disse que meu maior pecado é a omissão da verdade dos fatos, que não sou a mãe de Pedro e que não sou viúva,...
_ Quem é mesmo a mãe do pequeno?
_ Ora padre o senhor está bem hoje? Diz ela desconfiada.
_ Estou com uma dor de cabeça e uma gripe, portanto recomendo que não queira me ver, nem pedir-me a benção.
_ Tudo bem!
_ Minha filha vá em paz e que o Senhor a acompanhe.
Assim que Maria Francisca saiu do confessionário, Alberto correu e foi falar com o padre Guilhermo que era pároco daquela vila.
_ Padre, por favor, em nome de Deus me socorra.
_ O que houve? Pergunta o padre preocupado.
_ Preciso lhe fazer uma confissão. Diz Alberto e continua:
_ Mas preciso que o senhor me confirme umas informações.
Continua...