Historieta: Encontro Casual (9ª parte)...
Beijinho pra lá, beijinho pra cá, a coisa foi esquentando de repente Ana levanta e diz:
_ Está na hora da gente se despedir.
_ Como? Eu pensei que...
_ O que?
_ Bem que fossemos ficar juntos...
_ Dessa forma não!
_ E há outra forma de ficarmos juntos?
_ Nós nem nos conhecemos direito, não conheço sua família, você não conhece a minha, as minhas qualidades e defeitos e já quer estar com o meu corpo? Não somos um pedaço de carne, que deve ser degustado para atender aos nossos instintos.
_ Mas eu pensei que você quisesse estar comigo?
_ Mas nós estamos, só que esse é apenas o começo. O namoro é como se preparar para uma festa, onde haverá inúmeras guloseimas e sucos diferentes e antes de sairmos para a grande festa enchermos o nosso estômago com algo bem substancioso, sem pararmos para saborear tudo que há na festa de bom, entende?
_ Acho que você é diferente...
_ E ser diferente te assusta tanto assim que deseje fugir agora antes de entrar na festa?
_ Não! Existe algo muito especial entre nós. Eu quero descobrir o que é?
_ Eu também, mas como diz meu pai: “O que é bom precisa ser saboreado lentamente para que possamos apreciar todos os sabores!” Então pra que colocar o carro adiante dos bois?
_ Eu entendo! Sérgio a olhava e estava encantado, mas ao mesmo tempo assustado demais para faz outros questionamentos, sentiu de repente uma paz e uma tranqüilidade em relação àquela jovem... Porém percebendo o adiantar das horas resolveu se despedir com a promessa de no dia seguinte se encontrar no horário do almoço.
Assim que saiu outros pensamentos começaram a povoar sua mente: “Será que ela gosta mesmo de mim? Será que ela resolveu fazer um joguinho comigo? Será que ela não é mais pura e só quis ganhar tempo? Ela levou a chave reserva da casa do amigo? Que amizade eles possuem? O cara que segundo ela não estava afim dela, agora parece louco por ela?”
Ele se permitiu sofrer uma verdadeira tortura mental e aquela noite foi de muitas horas de rolação na cama como se esta estivesse cheia de espinhos.
Ana Alice por sua fez pensou: “Ele não conhece as implicações de uma relação mais profunda e foi só pro isso que foi tão afoito!” E se recolhendo ao quarto, leu uma passagem bíblica que falava sobre a ansiedade... “A cada dia basta o seu mal...” E a serenou o coração com sentida prece. Dormiu como um anjo e acordou disposta e foi trabalhar.
Continua...