II - Historinhas da vida real: A mãe do amor...
Dona Maria e seu Custódio (nomes fictícios para os nossos personagens reais) viviam em ampla casa com seus dois filhos legítimos quando foram surpreendidos por dois bebês abandonados em sua porta com uma pequena missiva onde se li: “Senhora rogo ao teu coração de mãe para que ampare estes filhos que a miséria me impede de criar!”
Não havia assinatura ou qualquer identificação, após uns dois meses as crianças já estavam em processos de adoção pelo casal: Maria e Custódio.
O sistema legal da cidade percebendo o imenso coração daquele casal ao longo de cinco anos lhes enviou para a sua residência mais seis crianças, que já se encontravam em idade avançada e de difícil adoção.
No total dona Maria e Custódio eram pais de 10 filhos, sendo oito adotivos.
O juiz daquela comarca fora transferido e uma nova juíza vinda de uma capital do grande centro comercial do país assim que chegou e tomou conhecimento das adoções resolveu abrir investigação para saber se as crianças eram bem tratadas e se a casa possuía o número de cômodos necessários para atender tantos filhos.
Dessa forma uma assistente social foi designada para a tarefa de fazer uma verificação geral. Ana Clara fora à escolhida, porque jamais havia tido qualquer contado com dona Maria e seu Custódio.
A funcionária aplicada chegou por volta das 6:00 horas da manhã na casa da família, sendo atendida por dona Maria que estava terminando de pôr o café na mesa para a segunda turma que estava se levantando para ir a escola.
E logo que sentou a mesa da cozinha começou a perguntar:
_ A que horas a senhora acorda?
_ As 4:00 horas senão não dou conta! Falou dona Maria rindo.
_ Como é sua rotina?
_ Levanto-me, depois acordo o Custódio, que vai chamar o José e o Bento...
_ José e Bento são seus filhos? Pergunta a assistente.
_ Todos são nossos filhos! Fala dona Maria.
_ O que desejo saber e se são seus filhos de sangue?
_ Minha filha aqui não fazemos distinção. Mas já que quer saber o Bento nascer de mim e o José Deus me deu pelo ventre de outra.
_ Onde eles vão tão cedo?
_ Estudar! Meu marido conseguiu para os dois um curso técnico e de formação, pois eles já estão fazendo o segundo grau e daqui mais um ano, se Deus quiser estarão os dois na Universidade.
Este era o sonho mais acalentado por dona Maria ver os filhos formados.
Continua...