Cap. LII O Poder do Perdão: A visita permanente
Após a doença de Ângela, ela e Carlos se fixaram definitivamente em São Paulo, pois ela tinha que fazer consultas periódicas e havia sempre o medo da doença retornar.
Carlos passou a se dedicar ao estudo do entendimento da doença, na esperança de encontrar a cura.
Ângela passou a trabalhar ao lado dele no socorro emocional dos pacientes, pois ela era possuidora de enorme bom ânimo e alegria contagiante.
No fim do ano Ana e Susan vieram fazer os exames para a faculdade de São Paulo, para aumentar ainda mais a felicidade de Ângela e Carlos, pois as meninas passariam a morar com eles.
_ É incrível, parece que elas são minhas filhas! Dizia ele com lágrimas nos olhos.
_ E quem disse que não são? Afinal a paternidade é muito mais exercida pelo amor do que pelo corpo.
_ É! Riam eles.
Ana passou nos exames para medicina e já sabia a que área se dedicaria. Ela queria pesquisar o câncer e buscar sua cura.
Susan passou para a área da educação, seria professora.
_ O que pretende ensinar filha? Perguntou Ângela.
_ Pretendo ensinar as pessoas a se perdoarem e a se amarem para assim viverem bem longe do câncer.
_ É, Susan o perdão e o amor são remédios poderosos contra os males do corpo.
_ Por que a senhora ficou doente, então?
_ Muitas vezes trazemos erros de nosso passado gravado em nosso inconsciente e apesar de vivermos melhores nessa vida, existem dividas que precisamos pagar, “até o último centil”, como bem disse Jesus.
_ É preciso então ensinar as pessoas a se conhecerem mais. E se eu não conseguir ensinar as pessoas a viverem melhor? Disse Susan percebendo que a questão se tornara mais profunda.
_ Eu as curo! Disse Ana sorrindo.
_ Que pretensão! Disse Carlos que havia ouvido parte da conversa.
_ Não é pretensão, tenho certeza que posso fazer algo, para melhorar a vida das pessoas que se encontrarem doentes. Disse Ana.
_ É, claro que podem! Basta acreditar e lutar para realizar o que sonham. Disse Ângela.
_ Eu tenho certeza que vocês vão melhorar a vida de muita gente, pois vocês já contribuem para a alegria de todos nesta casa. Arrematou Carlos.
_ Isso mesmo! Mas agora, vamos comer! Disse Susan para risada de todos.
Ângela finalmente sabia que tudo o que sofrera fora por conta de não ter se perdoado pelo mau passo dado em sua adolescência quando se deixara levar por Álvaro. Os seus enganos custaram caro, mas acima de tudo era grata a Deus pela suprema oportunidade que teve de reparar os erros enquanto estava a caminho. Ela se perdoara e conquistara a amizade e o carinho de todos a sua volta.
Ângela pensava na sabedoria Divina, que daria a Ana a oportunidade de se tornar médica e usar a sua sensibilidade para atender mais que um corpo. Justo ela que perdera dois anos de estudo para estar com a mãe nos momentos mais difíceis da doença, apoiando e lutando para que ela reagi-se e vencesse o câncer.
E Susan receberia sábias lições na difícil convivência e entendimento do outro e de suas dificuldades, tornando-se assim cada vez mais forte, para aprender a viver cada dia mais feliz.
A presença das meninas, sua jovialidade, e alegria fizeram com que Carlos e Ângela fossem muito felizes.