Cap. XXVIII O Poder do Perdão: À noite e a solidão
Gerald sentisse aliviado, pois o seu rival estava morto e Pollyanna seria finalmente sua esposa.
Enquanto isso na mata Joseph e o pequeno Reymond se escondiam numa caverna próxima, ambos choravam a perda sofrida.
Joseph se dava conta derepente que tudo havia acontecido porque ele estava ali, mas por quê? Não conseguia responder. Por que Gerald o queria morto? O que havia acontecido com a sua família, será que também estavam mortos? Seus pensamentos foram interrompidos pelos soluços do pequeno, que o chamava a realidade e a responsabilidade de cuidar do menino, que a essa altura não possuía mais ninguém e assim buscou o que comer e um jeito para aquecê-los durante a noite.
Com o cair da noite o pequeno foi vencido pelas emoções e adormeceu, um sono entrecortados de soluços e gemidos. Joseph em um canto da caverna buscou o consolo na oração e assim experimentou um pouco de paz e alivio.
No dia seguinte tomou providencias recolheu panelas e algumas roupas que secava em um arbusto e enterrou o que restou dos corpos de Lindy e Robert Willians.
Pegando Reymond pelas mãos prometeu diante da sepultura de seus pais que não abandonaria o menino e que lhe daria um bom futuro.
Juntando tudo Joseph e o pequeno partiram em direção ao vilarejo mais próximo e quando lá chegaram instalou-se com o menino em modesto casebre, que alugou com o pouco dinheiro que possuía no bolso, disse para Reymond deitar e descansar, que ele iria ao armazém mas voltaria logo.
Assim que Joseph saiu, ele viu um dos homens do bando de Gerald e o seguiu até um salão. Eles entraram um seguido do outro, o homem se dirigiu a uma mesa onde estavam os outros quatro e Joseph se dirigiu ao balcão, para melhor observar. Logo viu entre eles um rosto conhecido Ralf o irmão de Paul que havia servido com ele sob o comando de Gerald. Tonteou e quase caiu no chão ao ver que mais três rostos lhe eram familiares: o de John e Karl Smith e Allan Parker, todos seus conhecidos, como poderia ser isso? O que estaria havendo? Ao aproximar-se mais ouviu o seu nome.
_Um brinde a Joseph!! Que era um grande homem e um bom amigo! E todos brindaram.
Joseph ao ouvir isso entendia muito menos o que estava acontecendo?
Nos dias que se seguiram só Ralf permanecia na vila, Joseph o acompanhava de longe temendo ser descoberto, mas logo surgiram necessidades que o fizera procurar um emprego.
Joseph que estava com a barba bem cerrada, deixou que continuasse a crescer, pois nunca havia usado barba e esta com certeza lhe serviria de ótimo disfarce, quando retornasse para casa.
Logo conseguiu emprego no estábulo para cuidar dos animais dos viajantes que pernoitasse ou parassem ali.
Chegou à cidade um homem procurando Gerald e sua fazenda, foi ai que Joseph (que era conhecido na vila como Rudy: viúvo e pai de um menino) se ofereceu para guiá-lo.
O senhor Samuel Singer era um rico proprietário de terras e gados a leste dali e gostaria de fazer negócios com Gerald, que o havia procurado para comprar gado de sua propriedade.
Samuel procurou conhecer melhor seu guia, pois era um homem muito sensível à criatura humana e com pouca conversa sondava a alma das pessoas. E como Joseph, ou melhor, Rudy era um homem bom e honesto logo se tornaram amigos e após alguns preparativos seguiram para a fazenda.
Joseph, que agora era Rudy trazia em seu peito um misto de dor e felicidade por estar voltando para o seu lar. E o pequeno Reymond o acompanhava feliz, pois não gostara da vida na vila.
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A verdade sempre é a busca do homem.