Cap. XXV O Poder do Perdão: A suposta morte do marido

Logo que Joseph Porter saiu foi seguido de perto por Peter, que ficou na espreita até que este parasse para dormir, assim que ele acendeu o fogo próximo ao rio, Peter se aproximou e puxou conversa.

Após Joseph se ajeitar para dormir Peter atirou nele, quando este tentou reagir Peter soltou de forma que ele bateu a cabeça e desmaiou.

Peter achando que Joseph estivesse morto arrastou-o até a beira do rio, onde depositou o seu corpo inerte, que aos poucos foi arrastado pela correnteza.

Peter arma para que pareça um ataque de urso, corre para informar Gerald, que se encarrega de levar a notícia para Pollyanna, que com o choque desmaia. Os filhos choram desesperados rogando a Deus que permita que sua mãe viva.

Durante alguns dias vizinhos, empregados e amigos correram a região a procura do corpo, mas nada foi encontrado.

Gerald paga ao vizinho mais próximo o ganancioso Gaston para ir assediar a viúva, mas ela resiste e o põe para correr.

Quando Gerald vai visitá-la Pollyanna conta tudo, mas Gerald lembra a ela, que ela não poderá ficar só, pois qualquer um que quiser poderá requerer as terras uma vez que as mulheres não podem ser proprietárias.

_Você deverá se casar o mais rápido possível. Aconselha Gerald.

_Não, será preciso, pois eu tenho um filho, esqueceu-se que Joseph apesar de menor na ausência do pai é o herdeiro de tudo. Ele me garante e garante o futuro de suas irmãs.

_É mesmo tinha me esquecido.

Gerald sentiu vontade morrer, pois havia se esquecido do menino, e agora pensava no que fazer. Depois de alguns minutos se despediu e saiu.

No trajeto para casa pensou em matar o menino, mas até para ele isso seria demais, mas ele poderia simular alguma coisa.

Depois de alguns dias chamou Peter para que este lhe fizesse mais um favor, pelo qual é claro receberia gorda quantia em dinheiro e em pouco tempo tramaram tudo e executaram.

Joseph saiu para passear e logo foi cercado por Peter, que lhe aplicou penosa surra, até que apareceu Gerald para salvá-lo.

Gerald que não queria mais pagar Peter, atirou neste e o matou. Em seguida ele carregou Joseph nos braços e o levou até sua casa e então disse a Pollyanna, que se ela não se casasse logo alguém mataria o seu filho, para poder possuir as terras.

Pollyanna relutou, mas Gerald lhe disse que ficaria honrado se ela se casasse com ele, uma vez que ele a tinha em alta estima e que assim ele poderia protegê-la pagando uma divida de gratidão para com o amigo Joseph Porter.

Ela pensava nos desprendimento de Gerald, que estaria renunciando a uma vida familiar por amizade.

_ Mamãe aceite, pois eu ainda sou pequeno. Disse o menino que estava deitado na poltrona.

_ Meu filho!

_ Tio Gerald é bom, ele me salvou e nem cobrou pelo dinheiro que o papai levara dele.

_ Daria tudo que tenho para ver seu pai aqui. Disse Gerald se aproximando do menino e de Pollyanna.

_ Obrigada! Mas meu filho tem razão temos que devolver o que Joseph levava.

_ Só se for para me ofender! Exclamou Gerald lembrando que em verdade Joseph Porter levava apenas papéis, pois conhecendo o amigo como conhecia sabia que este jamais mexeria no dinheiro alheio.

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É triste ver tudo o que somos capazes de fazer quando estamos doentes da alma.