Cap. XII O Poder do Perdão: O sonho se cumpriu

Passarão se duas semanas até que naquela manhã, onde a garoa fina caía sobre a capital paulista, Maria ouviu um choro de criança no jardim dos fundos da mansão. Ela correu, pois se lembrará do sonho de sua amada patroa.

Entre os arbustos estava um menino, de uns seis meses aproximadamente, robusto, de pele clara e rosada e de cabelos encaracolados como os de um anjo caído do céu.

Maria enrolou-o em suas vestes e o conduziu para o interior da casa, chamando a todos, que em minutos estavam ao lado do menino, que já se encontrava aninhado no colo de Júlia, que estava despenteada, descalça e com lágrimas nos olhos. Mesmo assim ainda era aos olhos do esposo a mãe mais linda do mundo.

Carlos se aproximou e beijou-lhe a face, sua mãe também lhe abraçava acariciando o neto, que ela tanto desejará e que lhe chegava de forma tão estranha.

No mesmo dia foram tomadas todas as providências legais e médicas.

A família estava completa e o nome escolhido por Júlia fez com que todos tremessem, ela disse: “Ele se chamará Álvaro!”

_ Não! Exclamou Carlos quase aos berros.

_ Meu filho! Não grite! Disse dona Lourdes ao reconhecer naquele nome todo o medo e sofrimento de Carlos.

_ Mas, por quê? Perguntou Júlia. Por acaso teria outro nome em mente?

_ Não! Respondeu quase sem voz.

_ Podemos pensar em outro nome, já que você meu filho não gostou desse, certo Júlia?

_Sim, claro que podemos escolher outro. Pode até ser Carlos se você preferir.

_ Não, é muito pesado carregar o nome do pai.

_ Que tal Lucas sugeriu Maria.

_ Gostei! Disse Júlia.

O menino se chamará Lucas e assim foi que com o passar dos dias o menino crescia em beleza e graça.

Júlia começará uma faculdade de psicologia para compreender melhor o desenvolvimento do filho e o seu.

Ela buscava recursos para se lembrar, porém a cada dia se surpreendia com o que sabia e buscava amar a todos vendo neles os companheiros abnegados, que não desistiam dela.