O esfriamento do antagonismo

O caso entre o homem contemporâneo e individualismo entrou num cenário cruel nos últimos séculos: usa-se muito deste lugar-comum e ignora-se os indivíduos ao redor. Embora pareça desolador, é preciso desconstruir as tantas visões unitárias para fornecer dados culturais, socioeconômicos e políticos expositores do atual panorama mundial.

Ainda que de cunho religioso, essas barreiras tornaram-se tão mais evidentes ao longo do tempo: reformou-se o catolicismo, porém a má convivência entre os seres cresceu exponencialmente. Desta forma, com a febre do fanatismo religioso, os cultos vão deixando para trás seu caráter inclusor e ganham o aspecto de disseminadores do ódio.

Entretanto, isto se torna impercepctível diante da configuração da atual sociedade movida pelo capital. Os que ascenderam à burguesia endinheirada, isolam-se em condomínios protegidos, em contraste com a maioria segregada à margem de suas nações. Desta forma, uma visão subjulga a outra, separadas pela violência urbana.

Além disso, há quem entenda a globalização como uma aglutinadora humana e propagadora do melhor convívio de opiniões e culturas. É importante analisar a verdade contida nessa afirmativa. As relações de dependência e miscigenação de cultura ficaram tão próximas que pode-se observar a maior pluralidade de conhecimento e perspectivas, unidas pelo advento tecnológico.

Portanto, pode ser que estejamos presenciando a fase transitória da total disparidade de opiniões, movida pela intolerância, para uma sociedade civil, ligada pelos cabos da internet. Contudo, isto perderá seu caráter ilusório quando todos admitirem que uma sociedade se constrói de mentes diversas.

Tadeu Goulart
Enviado por Tadeu Goulart em 11/12/2009
Código do texto: T1971882
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