Violência na sociedade
Nos últimos tempos, não há um só dia em que as pessoas assistam a um noticiário de TV ou leiam um jornal e não haja registro de violência.
A violência na sociedade brasileira é endêmica. A quantidade de mortes violentas é uma das maiores do mundo, superando o número de mortos de várias guerra do último período. Isso é um reflexo das enormes e crescentes injustiças sociais. Um informe publicado pela ONU recentemente confirma o Brasil como o País com as maiores desigualdades do mundo.
É importante ressaltar que a política neoliberal do governo Lula agrava esses problemas. Cortes nos gastos sociais, ataque aos direitos dos trabalhadores, privatizações, falta de reforma urbana e agrária, falta de verdadeiras medidas contra o desemprego, aumentam as injustiças, enfraquecem os serviços sociais e a possibilidade dos trabalhadores agirem contra as injustiças. Além do mais, as políticas propostas são terríveis: de um lado o assistencialismo débil - do "grandioso" Fome Zero, com verbas miseráveis, não ouve-se falar mais. De outro lado a repressão policial, comouma medida para mostrar serviço, mas que não resolve em nada os problemas da violência, assim como o uso inédito do exército em favelas do Rio.
Qualquer discussão que paute a violência na sociedade brasileira deve incluir as desigualdades sociais e a violência policial. No Rio, a polícia também colocou em uso o "caveirão", um carro blindado que entra nas favelas dando tiros e apavorando a população, um verdadeiro terrorismo do Estado! Essa violência tem um claro perfil de classe e racial, pois quem sofre são os trabalhadores.
O programa de desarmamento não chega a afetar o crime organizado, pois ele tem outros canais para obter armas e já tem armas de grande poder que são ilegais. Para combater a violência é necessário que seja um programa contra a pobreza, contra a apressão do estado e pela transformação socialista da sociedade, para um futuro sem desigualdade e injustiças.