Matemos o otimismo
O brasileiro, por si só, é um povo que vive da persitência. Diante dos acontecimentos infames, cruéis e desastrosos que cercam nossa história nos mantivemos de cabeça erguida, consertando sempre os erros do Estado que deveria nos acolher com o mesmo fervor das campanhas políticas. Quando nota-se certa semelhança com a classe dominadora politico-administrativa do país, pensamos que nem tudo está perdido, agora que componeses ascendem à burguesia.
Munidos do sentimento de proximidade, olhamos o futuro com esperança, na promessa de escravidão recompesada, esperando uma política justa, feita por alguém que conhece de perto as misérias e dificuldades de sua terra. Criou-se pois, a ilusão de que todo homem pobre é santo.
Fomos condicionados, durante os anos, a acreditar fervorosamente num futuro melhor por que nossa história é sofrida desde a colonização e, com isso, aprendemos a crer que algo melhor virá.
Com certa ingenuidade e ignorância, criamos um lugar onde todos os simpáticos tem vez e poder para adminstrar. Precisamos conter esse sentimento otimista, olharmos as causas justas para traçar um futuro menos utópico. Quem sabe, assim não nos livremos de vez das algemas otimistas e acordemos num presente merecido.