Maré alta, maré baixa
Altos níveis de crescimento econômico, aumento do poder de compra da população, sonhos embasados em ilusão. Nenhuma nação pode cometer o erro de paralisar-se, diante de um momento próspero. Devido a errônea idéia de que o futuro ainda melhor será.
A trajetória humana enquanto sociedade, deparou-se com inúmeras situações nas quais se confrontaram dois extremos: social e capital. A crise de 1929, por exemplo, gerada por um liberalismo cru e descontrolado, levou o mundo a um caos economico e a uma fagulha de consciência social - mesmo que forçada - aos olhos da elite segregadora.
Setenta e nove anos depois, "New Deals" esquecidos, consciência social camuflada, perdida. O mundo vê-se novamente em situação caótica: Neoliberalismo tão massacrador quanto seu antecessor, porém, a economia global cada vez mais interligada e dependente, despenca e desmascara anos de farra capitalista. Reflexos inevitáveis.
Enfim, não se pode manter um sistema em que a ilegalidade modifique a lei, autentifique-a. A economia de um país é flutuante, porém torna-se absurdamente incoerente se usurpada por aqueles que deveriam governar, zelar pela justa distribuição de renda ou no mínimo oferecer uma vida e não uma sobrevida.