Ao som das sirenes
Um vazio incendeia-se ao som das sirenes…
Ainda sinto na pele o chiar dos rodados, o estalar dos ossos no asfalto, o arrepio da vida a esvair-se na ligeireza dos segundos…
Abeira-se da não vida, na amálgama retorcida dos sentimentos, a vida toda.
Há um rimar de morte no invólucro eterno da irreverência a saudar as areias do contentamento trazidas pela brisa frágil do devir.
Testemunhas de si mesmo:os enredos de pedras, esquinas, paredes, quase inocentes, ciladas de sangue e ira, de carne e espasmo, de querer e espanto...
Parados.
Nulos.