Liberdade Absoluta
LIBERDADE, pela qual tantos morreram, princípios sucumbiram, clausuras se fizeram no profundo do egocêntrico ser, tantos enricaram e empobreceram, tanto sangue derramado há milênios, sem redundar no efeito desejado.
Eis como é complexa a liberdade.
A neura de liberdade, por si só caracteriza um cárcere. A liberdade que grita, agride e mata, rotula e discrimina, nada tem a ver com a liberdade absoluta - a verdadeira Lei de Deus, feita para ser cumprida por todos os homens, indistintamente, seja o ermitão do deserto ou o marajá do asfalto.
A liberdade está intrinsecamente ligada aos diferentes estágios de desenvolvimento espiritual dos homens, dependendo do discernimento da humanidade, quanto ao amor, bem comum, expectativas, condições, solidariedade e sensatez de cada ser.
Liberdade de locomoção, muito relativa, pouco atrapalha no homem evoluído que encarna a liberdade dentro do seu ser, a exemplo de Nelson Mandela, o respeitado presidente da África do Sul, cujos muitos anos de prisão não o fizeram vingativo contra os que o prenderam. Ainda o gal. Stephen Hawking, brilhante físico do século XX, que apesar da doença degenerativa, fez-se um cientista brilhante, profundamente espiritualizado.
Liberdade de açâo, infelizmente, ao contrário da teoria que prega o desaparecimento da escravidão e submissão após o adento do famigerado progresso, vemos nitidamente o poder das classes mais poderosas sobre às humildes, sabendo-se contudo, que toda sujeição de um homem a outro homem contraria qualquer lei divina, inclusive a da LIBERDADE.
Liberdade de Pensar e Expressar, a primeira a mais importante no meu ponto de vista, por ser ilimitada e incondicional, a segunda porém sofre os perigosa influência social anteriomente citada.
Conclusão: não haverá liberdade absoluta enquanto o homem não estiver preparado para ela. Por existirem mil amarras físicas (algumas até convenientes) gerando ambição, sensação e elos materiais ao redor do homem, o processo de liberdade será paulatinamente aprendido e desenvolvido.
Antes de mais nada será necessário o homem acordar sua essência interior, liberta desde o seu nascimento; em segundo, consciente de suas heranças divinas invisíveis e incontestáveis, sentir-se e comportar-se como um ser LIBERTO, cuidando contudo para que o progresso não o aprisione às comodidades físicas e não escasseie a paz, advindo doenças ao corpo e à alma.
Santos-SP-13/03/2006