O Dragão da Pureza
O ar vira fogo, este consome a lenha ao pé da árvore que abriga aquela alma do Sol impiedoso e decadente. Um descanso quente, até o alvorecer. Quando o astro ainda luta contra a álgida brisa, surge de baixo da cachoeira o ser mais puro. A síntese da natureza, o elementar da existência. Rasgando o todo resquício de realidade e expelindo seus raios para defender-se de qualquer contato com a impureza gananciosa. Era real... mas não conseguia acreditar. Não era possível este mundo abrigar tamanha perfeição. Talvez porque já fora corrompido o bastante para afastar a pureza original.
Nos céus flutuava como fita de cor verde eletrizante...
A pureza deixou-se mostrar para quem era puro também.