A Esperança e a Morte

A vida estava feliz, as folhas das árvores voavam a frente e nada podia ser melhor, a vida estava caminhando a passos precisos. O garoto camuflado pela ilusão, anteriormente, agora se via cheio de esperanças. O conselho que a Morte lhe dera tinha sido fundamental para a tomada de atitudes necessárias.

Os laços estavam refeitos e a paz e a tranquilidade haviam reinado. Mas o que será que a Morte falaria sobre os tempos atuais, onde tudo parecia tão normal? O garoto apenas desejou saber, no meio daquele parque onde o vento carregava tudo, até a Morte aparecer novamente...

— Olá garoto, vejo que está bem melhor do que na última vez que eu o vi — Disse a Morte solenemente se aproximando do garoto com sua foice de prata em uma das mãos — Não tem mais medo de mim?

— Olá Morte! Estou melhor mesmo, a ilusão me deixou. Medo? — disse o garoto encarando possivelmente um rosto por baixo daquele capuz preto — Medo é algo que tento não ter, mas devido a diversas circunstancias, não sei mais o que temer.

— A ilusão está presente em tudo, até em teus medos. Mas hoje vejo um novo sentimento em seu coração, a esperança, esta dizem ser a quinta essência da ilusão humana. Você crê nisso?

— A esperança pode até ser uma ilusão, mas ela é melhor do que o medo, concorda? — Disse o garoto seguro de si

— Sábias palavras, o medo somente nos prova de sentirmos outra essência da ilusão, a felicidade. Mas concordo que a esperança renova até a nossa coragem e nos fornece muitos outros sentimentos. — A morte disse isso se distanciando, o tempo era curto — Devo cumprir meu destino, como você deve cumprir o teu, com ou sem esperança. Tente e consiga, aproveita esse otimismo e crie laços.

— Farei isso, não sou mais trouxa. Agora estou tratando todos como me tratam e muita gente está descobrindo como são más com as outras.

— Essa atitude tem um elevado custo, você já deve ter percebido — respondeu a Morte

— Sim, mas vale a pena, ser pisado e maltratado não é bom para ninguém. Agora eu estou seguro do que sou e seguro do que devo fazer, eu amadureci.

— Excelente! — exclamou a Morte — Parece que está deixando de ser um garotinho e se tornando um homem. Agora devo ir... continue assim!

E assim, se foi a Morte, deixando o garoto pensativo e confiante para o futuro.

(Segundo texto da série: A Morte)

Bruno Twain
Enviado por Bruno Twain em 01/06/2019
Código do texto: T6662337
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