Não faço sentido
Não faço sentido para todos,
não faço sentido para mim!
Alguns não entendem as palavras
que escrevo ou falo sem pôr um fim.
Sapateio no belo,
pois quero vê-lo real,
transformado, aloprado, desfigurado:
cubista.
Minhas palavras são cubos
que mostram os lados
da moeda, do mundo, da vida
e dos prédios acabados.
Não faço sentido,
mas faço sentir.
E isso, faço com doce alegria,
sem jamais precisar fingir.