Não faço sentido

Não faço sentido para todos,

não faço sentido para mim!

Alguns não entendem as palavras

que escrevo ou falo sem pôr um fim.

Sapateio no belo,

pois quero vê-lo real,

transformado, aloprado, desfigurado:

cubista.

Minhas palavras são cubos

que mostram os lados

da moeda, do mundo, da vida

e dos prédios acabados.

Não faço sentido,

mas faço sentir.

E isso, faço com doce alegria,

sem jamais precisar fingir.

Miriã Pinheiro
Enviado por Miriã Pinheiro em 27/10/2014
Código do texto: T5014166
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