TALVEZ TIVÉSSEMOS TERÍAMOS TIDO (TIVÉRAMOS)

Uma das coisas que mais venero

É simplesmente a beleza de deitar.

Não dispenso ir de encontro às águas

Isso nunca vai mudar.

Se mudar, não será mudança

Talvez seja uma cobrança

Uma tentativa de adaptar

Aos sonhos perdidos de criança.

Não me digas com quem tu andas

Porque não preciso saber

Essa parte da tua vida

Quem deve cuidar é você.

Se um dia eu voltar ferido

Não precisa se aborrecer

Nem adianta gritar comigo

É livramento, um dia você vai saber.

Eu poderia ir a uma guerra

E voltar de lá com vida

Ou poderia simplesmente partir

Dentro de uma casa divina.

O milagre acontece, pra quem merece

Já a desgraça, às vezes acontece.

Pedir desculpas é a coisa mais linda

Parar de errar, é melhor ainda.

É inevitável errar, envelhecer e morrer

Assim como é: acertar, amadurecer e renascer

Pra você que está lendo, muito obrigado, o autor aqui não esqueceu

Sorria! Você acabou de ler mais um poema meu.