VERDADEIRO BAÚ DA FELICIDADE

Meus ancestrais foram ao encontro dos teus ancestrais. O encontro foi mediado pelo respeito e pela sabedoria. Daí nasceram a troca de saberes e o princípio de comunidade. Os saberes ancestrais se tornaram mais potentes pelo ato mútuo da partilha e do compartilhamento. Ensinamentos e aprendizados foram gerados no curso do encontro e colocados no baú do tempo, com o selo da humildade...

E o baú não foi fechado. Tod@s que vieram depois, livres da presunção e da arrogância, da maledicência e do egocentrismo podiam abrir o baú. A sabedoria acumulada não significava poder mesquinho. Havia um certo princípio de poder feito serviço no acervo guardado no baú: o poder da sabedoria milenar, o saber de experiência feito da história humana dos povos da terra. A mística, a mistura, a cultura, a fé e a ciência, o espírito, a matéria, todas as energias circulantes e condensadas do universo. Sem a soberba dos doutores da lei, do passado e do presente, o futuro que é o devir, nos remete para este baú da nossa ancestralidade: o verdadeiro baú da felicidade.