Vermelho
Bombas explodem por todos os lados mísseis iluminam o céu fazendo parecer que é dia eu vejo a sombra negra e espessa vagando nos ares carregando atrás de si almas brancas verdes laranjas lilases azuis. pretas. tão pretas quanto ela. Pessoas correm em pânico jogam-se do alto dos prédios lançam-se na frente dos carros os carros colidem as bombas as bombas não param de explodir. Estou paralisada. O medo amarrou com força as minhas pernas o mundo se desfaz em chamas a minha volta assisto a tudo apática a espera dos estilhaços dos escombros nenhum super herói vai aparecer pra me tirar daqui um menino não viu o carro vindo na sua direção em alta velocidade ouço gritos choro lamento vozes coléricas entoam a sinfonia do caos um avião acaba de cair em cima de um prédio esmagando quem preferiu apenas esperar pela morte não há mesmo para onde fugir em vão o fazem os que tentam se salvar a sombra negra navega por todo o globo há muita fumaça sangue corpos espalhados mutilados carbonizados bombas as bombas não param de explodir os mísseis não param de cair as almas não param de subir já não enxergo o que se passa é a sombra negra um míssil finalmente ela vem em minha direção levará consigo minha alma.
explosão
Escuridão densa.
Fim.