O poeta que eu não entendo
Outro dia li o texto de um poeta e, ao lê-lo, vi que nada entendia.
Julguei-me um débil mental, pois eram palavras belas de ler,
juntadas de uma forma que, talvez, só para mim, sentido não fazia...
Reli várias vezes até que, finalmente, aflito, me conformei e desisti,
sabendo que jamais iria entender o que, misteriosamente, ele quis dizer
com aquelas palavras, arrumadas de um jeito cujo sentido, não vi...
Pela última vez, num esforço inaudito tentei entrar no seu espírito,
assimilar o dito, que deveria ser algo muito bonito mas, pude perceber que se ele o poeta, a si, lesse, também acharia um bocado esquisito...
Nada entenderia do texto, a não ser que, nada havia a entender,
e se perguntaria: Se nem eu entendo, de que me adianta escrever?