A poção escarlate 

A noite escura da alma chegou nesta manhã,
como chega a todos um dia.
Ao poeta de Itabira, a madre de Calcutá
e ao próprio Cristo que,
em meio ao lodo da injustiça e da dor,
viram-se compelidos a duvidar.
Clamaram a Deus, mas não calaram
seus gestos de amor.
Lilith, em sua rebeldia
recusou-se a ficar por baixo,
aceitando sua poção maldita em cálice de lua negra,
humana ira sentida pelo descaso e autismo de outrem.
Os movimentos exteriores,
vindos de parte distante da via Láctea,
sacodem a todos na Terra,
aos homens e mulheres de boa vontade,
para mostrar novos rumos que, espontaneamente,
talvez não fossem seguidos.
Por isso, não pergunto por que se dilacera um coração,
em empedernido grito e asa partida.
São minhas as tuas lágrimas.
Triste* está a poesia.
Neste silêncio escarlate te sopro um beijo,
na certeza que entre mentes amorosas
não existe separação.
E como diz o amado Jacó Filho:
que Deus nos abençoe sempre...




"Não podemos fazer grandes coisas na terra. 
Tudo o que podemos fazer são pequenas coisas com muito amor".
- Madre Teresa de Calcutá


Imagem do google: populo.weblog.com.pt



meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 27/03/2008
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T918898
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