O LIVRO QUE NÃO FOI AO PRELO

 

 

 

Por isso, hoje ele dorme placidamente nos escaninhos secretos do meu computador e, dado as minhas minguadas finanças, de lá, ele não sairá tão cedo.

Sabemos também que no Brasil ainda é muito difícil editar um livro, pois o brasileiro prefere a televisão, submetendo-se assim à lavagem consumista que lhe é feita diariamente, por isso se diz que o capitalismo é intrinsecamente mau.

Diante da minha dificuldade financeira e do desprezo do brasileiro pelos livros, eu resolvi publicar o meu primeiro livro “Fragmentos” nas nuvens, e assim, eu terei a certeza que ele será de domínio público.

Quem sabe, um dia, esses analfabetos que sabem ler, desliguem a sua televisão e olhem para as nuvens – seria um deslumbramento.

O livro “Fragmentos” foi aspergido nas nuvens e no “recanto das letras”, lá, realmente ele teve uma boa acolhida, pois esse recanto literário é composto por um seleto segmento amante da literatura. (WWW.recantodasletras.com.br).

Interessante, esse suposto ou pretenso livro, que é composto de fragmentos de prosas poéticas, contos, crônicas, ensaios e cartas, nota-se que essas peças ditas fragmentos estão bem classificadas como as mais lidas, segundo a estatística desse Site.

Tardiamente, agora, eu vou editar a introdução que seria dada a esse sonhado livro invisível e quântico.

 

Ei-la!

 

APRESENTAÇÃO

 

 

Titulei este livro como “FRAGMENTOS”, pois nele estão contidos pedaços ou etapas da minha vida que, de certa forma, são também fragmentos fugazes de um passado em existências conscientes e inconscientes.

Nele encontrar-se-á uma coletânea de assuntos vários, entretanto, ali navega uma tendência lírica do autor, que deseja manifestar a vida através de poemas elegantes, todos apresentados dentro de um contexto suave e romântico.

Contém também um forte apelo existencial, uma característica marcante do seu titular em questionamentos sobre a vida, as religiões, o espírito e sobre o universo.

Nesses trabalhos o autor faz uma passagem ligeira sobre as questões do consciente e do inconsciente, sempre com referências e pesquisas nos cientistas da área da psique humana.

Assim ele também percebeu, as dificuldades que existem em tratar desses assuntos da alma, quando ainda muitas coisas residem no inexplicável.

Como muitos aspectos da vida estão ainda no mundo da obscuridade, o autor não se aprofunda neles, em virtude da falta de conhecimento específico, como também por se sentir prejudicado pelos valores dogmáticos que lhe foi introjetado, e que lhe reduziram o exercício de inteligir com maior liberdade.

Aliás, esta é uma grande dificuldade atualmente, pois nos transformaram em contumazes reducionistas, mesmo sabendo da nossa racionalidade infelizmente ainda nós estamos de certa forma, escravizados e acomodados aos cinco sentidos.

Essa situação escravocrata da razão nos impede, sobremaneira, de transgredirmos a ela mesma, haja vista já haver um esforço de nos direcionarmos para algo mais sutil.

Essa sutilidade a que me refiro seria o caminho natural do homem do futuro, estou querendo me referir à intuição, que é uma percepção muito sensível da alma, e que poucos mortais conseguem com ela alçar vôos com maior profundidade.

A existência da vida é ainda, em si, um grande mistério, e o substrato impalpável que a compõe e que chamamos de consciente e inconsciente, são elementos ou eventos da psique onde estão gravadas todas as percepções obtidas durante a vida. Tudo ali reside em forma de símbolos, ao quais os psicólogos e psiquiatras chamam de “Arquétipos” ou “Janelas Killer”.

Assim sendo, nos defrontamos com mais alguns mistérios que somos nós mesmos, quando esses mistérios, afinal de contas, são os responsáveis pela nossa personalidade.

Para termos conhecimento apenas um pouco desses ditos mistérios, devemos vê-los através da confissão íntima.

Diz C. G. Jung: “Os primórdios de todo o tratamento da alma, devem ver-se no seu protótipo, a confissão”.

Em outra oportunidade o psicanalista citado diz o seguinte: “Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou. Tudo o que nele repousa, aspira e torna-se acontecimento.

Nesse caminho o autor é um andarilho.

O Autor.

24-07-2005

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 25/03/2008
Reeditado em 25/03/2008
Código do texto: T915625