TERNURA

 

Ó Linda Mulher!

O meu coração vive verdadeiros tropeços, pois no fundo, no fundo, ele abriga e sente um grande sentimento de ternura por ti.

Eu sei que tu pouco acreditas, mas nenhuma outra, tal como tu, minha linda mulher amada, soube aliviar as minhas desventuras.

Beijo a beijo e com a tua entrega total, tu foste dissipando todas as minhas desventuras, e agora, já orgulhoso, eu posso como gratidão te oferecer os meus carinhos.

A minha grande vitória é a coroa de louro de amor que me ofertaste, por ter definitivamente conquistado o teu coração, assim sendo, eu devo todas elas a ti, pelo fato de me sentir realmente e plenamente amado.

Minha linda senhora, acredite, é como se eu estivesse deitado num leito de infinita ternura.

Tu me sacias, ó amada, assim como a água fresca mitiga o calor e o abraço afetuoso massageia o Ego.

Porque agora minha linda, em teus brancos braços, eu pretendo deixar a minha fadiga, a não ser que tu fujas das minhas mãos por alguma artimanha do destino.

Ó minha doce nave, de carinhos em carinhos e de beijos em beijos, tu fundeaste âncoras de mansinho no meu porto, um calmo aprisco para os teus belos olhos verdes.

Os teus beijos são doces, porque dos teus olhos descem lágrimas de mel, com as quais adocicaste as minhas amarguras.

Agora nada mais quero além do teu beijo, pois já tenho a ti minha boa e terna companheira, a quem posso confiar toda a minha alma por inteira.

Quando em nossas vidas se aproximar o inevitável crepúsculo, nas horas de doída tristeza e desencanto, lembra-te ó amada do seguinte:

Que ainda no jardim do nosso amor envelhecido e ardente, em lindas revoadas, esvoaçarão coloridas e febrilmente velhas poesias do meu canto de amor para ti.

Ó amada, eu ainda quero partir dos teus braços e levar comigo, as doces ternuras que estão sempre presentes nos teus lindos olhos verdes.

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 15/03/2008
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