Tudo me estranha, tudo me consome

Tudo me estranha, tudo me consome.

Até um simples gesto, como um mover

De braços, é uma dor física, que dói

Mais na alma que no corpo, de saber-se

Tão desajeitado e conseqüente. Ah, se

Dormir, em mim, fosse outro quem se

Sonhasse, não o que dorme nele!

Vago é quem sou, neste meu devaneio

Nocturno, estranho, como o corpo

A evitar.

Jorge Humberto

08/03/05

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/12/2005
Código do texto: T88279