Tudo me estranha, tudo me consome
Tudo me estranha, tudo me consome.
Até um simples gesto, como um mover
De braços, é uma dor física, que dói
Mais na alma que no corpo, de saber-se
Tão desajeitado e conseqüente. Ah, se
Dormir, em mim, fosse outro quem se
Sonhasse, não o que dorme nele!
Vago é quem sou, neste meu devaneio
Nocturno, estranho, como o corpo
A evitar.
Jorge Humberto
08/03/05