AS ESTRELAS POR TESTEMUNHAS.

 

 

 

 

 

As estrelas que eu vejo neste céu nesta madrugada, eu não sei qual a mais bela, eu apenas sei que são todas belas, entre todas se destacam a estrela Vésper e a minha adorada Aldebarã.

Eu sinto que a estrela Vésper é a tua projeção refratada, pois de vez em quando ela me dá umas piscadelas, como que querendo me namorar lá de cima do intangível infinito.

A todas eu contemplo, mas Vésper me é muito próxima e, talvez, desejando ser a minha guardiã e companheira nesta madrugada silenciosa.

Ela se veste com uma roupa prateada, pronta e exibida a desfilar pela campina sideral, o brilho é ofuscante e é naturalmente metalizado; muito vaidosa desfila em silêncio espargindo a sua luminescência sobre a minha janela, as matas e o mar.

Todas as madrugadas nós nos namoramos, assim como eu namoro a minha deusa loirinha à distância, por detrás das montanhas do Santo Bonja.

Ela, a minha loirinha, se parece muito contigo, pois é radiante, iluminada, pressurosa e também tem dois biquinhos estabelecidos no meu porto morno de carícias.

Com esse silêncio sideral, o silêncio natural de todos os astros, ela a Vésper, particularmente me confidencia mensagens do norte.

Entre uma confidência e outra me diz bem baixinho que tu estás dormindo placidamente nua, e que nesse instante sonhas comigo, transferindo-me os teus sonhos através da luminescência de Vésper.

Chamo a atenção dessa estrela marota.

Pois não pode desnudar os teus mistérios e o videoclipe dos teus sonhos, mostrando-me o teu inconsciente onde, por certo, eu me faço presente envaidecido e desmesuradamente em indizíveis amores.

Nesse momento, eu penso sentir o teu corpo se mexer com o movimento da contração para respirar.

Santo mármore sagrado imaginado!

Agora eu pareço estar me deliciando com uma gostosa maçã carnal, e assim, eu gostaria de ser esse ar que tu inalas despreocupadamente.

Silenciosamente desejo te invadir por inteira, fazendo com que num espasmo de anjo tu venhas a sorrir de muito prazer.

Viajo transtornado dentro desse mundo de imaginações.

Volto à normalidade acordado pelo estrilar dos grilos em seus cortejos noturnos, afinando os seus instrumentos, numa sinfonia triste com os seus agudos estridentes para atrair as suas verdes fêmeas.

fazendo com que, num espasmo de anjo sorrias com esses lcupadadamentedo norte.

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 11/02/2008
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