RIO PIAUHYÊS

Já tencionei me formar de muito acaso

Porém, mandaram-me navegar

(Navegar é preciso, não?!)

E esses algozes Comandantes

Trespassaram o blue do inverso

Lisergicamente diante de mim.

Caíram-se as máscaras da bravata

A desilusão jorrou-se qual mina gaélica

Então, quando passo pelo Troca-Troca

Às beiras do Velho Monge encarniçado

Coitado... Desvendo-o em paralelo

A todas as alucinações já escamoteadas:

“Adeus leprechaus imaginários!”

Há! Ha! Ha! (Só tendo na cabeça

Um fruto mesmo de cuieira!)

E ao aceitar que sou A Semelhança

Abafando minha misantropia niilista

Seguirei remando nessa lida e comigo

Vai meu exuberante pote mágico

Pois a intemperança atroz que força

As talhas deste barco que nos protegem

Não será convidada a inundar-nos

Até que cheguemos por fim

Ao encalçado arco-íris premeditado.

E que Arco lindo, Sinhás Maria, lindo...

Kadja Ravena
Enviado por Kadja Ravena em 08/02/2008
Reeditado em 30/06/2008
Código do texto: T850452
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