RIO PIAUHYÊS
Já tencionei me formar de muito acaso
Porém, mandaram-me navegar
(Navegar é preciso, não?!)
E esses algozes Comandantes
Trespassaram o blue do inverso
Lisergicamente diante de mim.
Caíram-se as máscaras da bravata
A desilusão jorrou-se qual mina gaélica
Então, quando passo pelo Troca-Troca
Às beiras do Velho Monge encarniçado
Coitado... Desvendo-o em paralelo
A todas as alucinações já escamoteadas:
“Adeus leprechaus imaginários!”
Há! Ha! Ha! (Só tendo na cabeça
Um fruto mesmo de cuieira!)
E ao aceitar que sou A Semelhança
Abafando minha misantropia niilista
Seguirei remando nessa lida e comigo
Vai meu exuberante pote mágico
Pois a intemperança atroz que força
As talhas deste barco que nos protegem
Não será convidada a inundar-nos
Até que cheguemos por fim
Ao encalçado arco-íris premeditado.
E que Arco lindo, Sinhás Maria, lindo...