a volta

Em dia verno, no alvor da manhã, vagas em veigas  planicies de concreto armado, em busca de um labor, 
Com cordura segue no itento; 
Decidido a pleitear um lugar ao sol;
seu coração pulsa por sobre o concreto;
Sem jactâncias, foje dos tíbios, assoletrando  placas,   
Pensa: um dia quem sabe, livre da lide diária;
Poderas enfim por os pés no escabelo e poder cantar  
a observar mesmo que em sonho o alqueive adubado, 
a plantação mais que verde como num oásis,
enquanto toca a rabeca; 
E de sua atalaia pensar na indomita Maria; 
Que largou um dia, não por desamor, mas por precisão;
Pois teve que se dirigir ao Sul em busca de trabalho de ocasião;
mas destarte, um dia pensa com alma nobre,  estará longe desta turba;
Desta selva desumana e frémita,
a esperar  pacientemente a  colheita;
Labareda
Enviado por Labareda em 28/01/2008
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T836978
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