Flutuar nos sonhos
Espelhos distantes... me fizeram sonhar
O nevoeiro cavalga e não consigo alcançar
Formas que não podem ser decifradas
Rodopiando como chamas enigmadas
Danças à sombra de arvores infindáveis
Na peça escrita por tecedores invisíveis
Não vislumbro o fim desse delirantes passeio
Nas preciosas possibilidades oscilantes
Reflexos que não podem ser seguidos
Incertezas no escuro dançante
Caminhos em esvoaçantes teias lépidas
Não poderia escolher entre as vielas
Sem definir o objeto concreto do véu
Apenas sigo o ritmo aleatório e onírico
Fragmentos da morada de Morpheus
Ao despertar, toda forma esvaneceu