meninas

Aquelas meninas onde estão;
que saudade sinto ao lembrar-me delas;
Das noites que estiveram em meu panteão;
Em que braços agora estão;
tão imberbes e puras com seus jaez coloridos;
A que promessas sucumbiram;
De que homens tornaram-se presas;
A quem seu gozo pertence?
Que sofrimento na carne trazem;
Que dores lhe apetecem;
Qual  o prazer que ainda lhes resta?
Portadoras de uma  beleza  rara;
Sem saber que o eram;
Ó minhas meninas que nas noites encantadas; 
preencheram a minha solidão; 
Viraram por acaso frígidas, 
ou perderam toda a beleza que tinham;
Por onde andam essas meninas,  
Onde elas estão,
as meninas da minha imaginação;
 
Labareda
Enviado por Labareda em 15/01/2008
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T818271
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