Desordem dos compassos
Em um lugar turbulento,
Prevalece o caos.
Sigo tranquila,
Feito nau a deriva.
A favor da correnteza,
Sem um porto.
Co-crio a segurança,
Na essência.
Irradiando a simplicidade,
Inconstante felicidade.
Oscila as batidas do coração,
Para quê agir com a emoção,
De quem sempre dá recado –
É a razão?
Sem problemas,
Sigo flutuando por calma águas.
Um passo de cada vez –
Sempre existirá um talvez,
Pairando solto pelo ar.
Distingue a desordem dos compassos,
Ou culmina em um arremedo qualquer.
Em primeiro lugar, a proteção,
Incerta é a diversão.
Contemplada com a densidade,
Que logo se refaz.
Na terceira dimensão,
Arruina os castelos da imaginação.
Quem foi que criou o certo ou o errado?
Quem distinguiu as cores?
Também os sabores e os dissabores?
Ainda o conceito do que é a verdade?
Nesta imperfeita realidade.
Um lugar que na praticidade,
Querendo ou não se torna volúvel.
A inclusão se dá pelo o que se tem,
E não pelo o que se é.
Se for diferente,
Pensamentos divergentes.
Somos colocados na gaveta da exclusão,
Não há condição.
Qual é a glória de ser igual?
Onde tudo se torna monótono,
Sem expectativa do extraordinário.
Parado e extremamente solitário,
Mesmo estando acompanhado.
Não há nenhuma graça nisso,
Constante desperdício.
Com a magia da surpresa,
Arrancando sorrisos fáceis.
***
Blog Poesia Translúcida