POUCO HABITÁVEL

POUCO HABITÁVEL

O pouco da voz está nos recolhimentos sentimentais do agora, um novo instinto periódico do haver.

O poder canta a vida das coisas duráveis, alongando a organização das desordens.

O sono intacto da inércia floresce em distorções.

O ver central do fogo é intransponível a qualquer profissão.

O tudo físico morre com o aborto inconcebível.

O sangue da claridade do sonho instantâneo ainda iguala os naufrágios com o egoísmo.

As mesmices projetam o ir e o vir da inspiração e da expiração.

Os batimentos gradativos da lentidão cessam dizeres.

As semelhanças eternizam o ter em algo de resgate, amando os tempos antecipados pelas individualidades.

O crer diário das noites substitui o quando pelos rumores, habitados pelo apenas das funções eventuais, submersas em gêneros.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 05/09/2023
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