POUCO HABITÁVEL
POUCO HABITÁVEL
O pouco da voz está nos recolhimentos sentimentais do agora, um novo instinto periódico do haver.
O poder canta a vida das coisas duráveis, alongando a organização das desordens.
O sono intacto da inércia floresce em distorções.
O ver central do fogo é intransponível a qualquer profissão.
O tudo físico morre com o aborto inconcebível.
O sangue da claridade do sonho instantâneo ainda iguala os naufrágios com o egoísmo.
As mesmices projetam o ir e o vir da inspiração e da expiração.
Os batimentos gradativos da lentidão cessam dizeres.
As semelhanças eternizam o ter em algo de resgate, amando os tempos antecipados pelas individualidades.
O crer diário das noites substitui o quando pelos rumores, habitados pelo apenas das funções eventuais, submersas em gêneros.
Sofia Meireles.