ela.

Enquanto caminhava pelo jardim, com o coração ainda pesado pelas palavras que ouvi mais cedo, meus olhos foram atraídos por um brilho incomum entre as outras flores. Entre rosas vermelhas, amarelas e brancas, uma rosa azul se destacava, como se emitisse sua própria luz. Acabei me aproximando dela como se num impulso de curiosidade repentina.

Ela parecia uma criação impossível, algo que só poderia existir em sonhos, como os dela. Suas pétalas eram suaves e delicadas, de um azul intenso, como o céu em um dia claro de verão. Ela parecia radiante, mesmo sob a luz das quatro da tarde.

Ao me aproximar, sinto um aroma diferente, confortável. O ar ao redor era diferente. Era um perfume único, que nunca havia sentido antes. Ele invadiu meus sentidos, trazendo uma sensação de calma, afastando a angústia que ainda ecoava em mim.

Com cuidado, estendi a mão para tocar as pétalas daquela flor, esperando sentir sua textura suave. Mas antes que pudesse encostar nela, a rosa começou a desabrochar diante dos meus olhos. Suas pétalas se abriram lentamente, revelando um centro dourado, brilhante como o sol.