a canção dos mortos
(...) o ululante uivo ressoante do belo último tão-longamente-esquecido tão-impuramente-considerado lobo ao entregar seus serviços vida alma vontade e amor ao último dos felinos grandiosos de pele alaranjada e listrada que carrega em seu peito o coração selvagem que resguarda em seu leito o segredo primordial da vida e o desejo sôfrego da morte, enquanto guepardos, leopardos, onças e pumas cantam a última canção de renovação dos votos de prosperidade à raça decadente pela beleza e perfeição, ganância e destruição, os humanos, reis loucos e absolutos do verdadeiro apocalipse como previsto pelo profeta antes do tempo, a vontade, regida pelo leão dourado, o capitão de eterno mandato que sob a ordem do reis dos reis, criou a terra em seu nome de quem um dia a resguardaria com a vida, renovaria com morte e existiria em eterno enquanto o tigre dos olhos de fogo reinasse em seus corações e seus olhos lacrimejassem em comoção ao ouvir o chamado do mensageiro ao proferir o ululante uivo ressoante do belo último tão-longamente-esquecido tão-impuramente-considerado lobo ao entregar seus serviços vida alma vontade e amor ao último dos felinos grandiosos de pele alaranjada e listrada que carrega em seu peito o coração selvagem(...)