MEMÓRIAS DE OUTRORA
O tempo passa rápido, sem atender o grito de "espera" de ninguém...
Mas, graças a Deus, ele passa sempre deixando um rastro precioso de lembranças.
As memórias nos pegam de surpresa, sempre abrindo o velho baú dos sentidos...
O cheiro do ovo frito da minha vó "Zaga", com os cantos tostados pela frigideira velha, escurecida e pesada, me dão uma sensação de incompetência...
Porque meu Deus, não consigo fritar ovos da mesma forma, no mesmo ponto ???
Saborea-los agora, só na memória.
Ao lembrar da janela da casa onde morávamos, no bairro com nome de fruta azeda, lembro da despedida de todos os dias, do meu avô ao me trazer da escola...
"Tchau vovô, cuidado com os carros..."
Afinal, em tempos tão saudáveis, o maior perigo era atravessar a rua sem olhar para os dois lados.
Novamente o tempo passa e eu insisto em gritar : " Espera...quero voltar um pouco com você às velhas memorias"