INTEMPÉRIES DA VIDA.
Não, não foi um bom dia!
Àquela claridade rósea que a este ilumina o céu
Por detrás das nuvens carregadas, escuras como breu.
Inibida não apareceu!
Assenhoreando-se desse dia um imenso pesar.
No qual até mesmo, as nuvens, sem agüentar se despejaram.
Como se chorassem todas as minhas lágrimas, por mim!
No pude como a aurora me inibir.
Pelos corredores, dos quais não consigo lembrar a cor,
Segui a maca onde era carregado um pedaço de mim.
Pelos cômodos um cheiro de éter a se espargir.
Lá fora a chuva no seu soluçar continuo por mim a chorar.
Eu com todo o pretérito presente, perguntando-me os porquês!
Em toda a sua plenitude, não foi um bom dia!
Entardeceu, e, até então se via nuvens carregadas lá fora.
Numa mesma perspectiva, talvez, tivessem ainda muito por mim a chorar.
Eu, ali sem opção!
Porque numa UTI entre tantos coibires, também, é proibido chorar.
Tal qual àquelas nuvens carregadas, o meu espírito pesado pelo sofrimento da hora.
Já sem agüentar as lágrimas que ameaçavam se derramar.
Torrencial, o meu pranto, nestas letras deixei se precipitar.
Igualmente a chuva me lavou o rosto, me aliviando, àquele pesar.
Anoiteceu, todo o tempo encharcado e frio!
Minha alma envolta pelas tristezas do dia, intempéries, da vida.
Contudo o meu coração acalentando a esperança de um amanhã reluzente.
Hoje o céu está claro
Meu peito mais aliviado
Na UTI, seguem, as sanções.
Nos corações, ali, ritmos diversos.
Igual às letras ao darem vida as suas composições.