A Caminho do Desconhecido de Cada Dia
Hoje me dei conta de como o tempo passou rápido e eu vivi tão pouco.
A cada ano, a cada dia; a cada minuto envelheço.
As vezes já não me reconheço no espelho, meus passos estão lentos, meus olhos um tanto baços e quando a brisa sopra
eu me encolho, sinto frio.
Sinto uma saudade infinita de tudo que eu fui e já não sou: a criança ingênua e pura, a menina de olhos vivazes que
observava a tudo e a todos e percebia as suas fraquezas, suas dores e também as causas. Eu via a alma das pessoas, os
sonhos desfeitos, os prantos contidos e os sorrisos vazios.
Queriam que os outros acreditassem que estavam bem, sendo que nunca experimentaram o que era "estar bem".
Nunca a fartura, sempre a fome; a seca; o sol escaldante; a doença; a morte em espreita com seu sorriso branco que
fazia arder o peito e os olhos. Então vinha o desvanecimento lento diminuindo a força, fazia-se rubro ou amarelo;
escuro; chão frio; rede; passos lentos e lamentos secos e por fim uma cova rasa coberta com terra árida , a mesma terra
de toda a sua vida estende-se em um abraço sepulcral.
A luta acabou para os que tombaram, mas o seu exemplo de coragem ficou, então......a luta continua!!!!