Divagações matinais ou (O que ainda me resta de desejo)
Será que o céu mudou depressa ou foi a vista de outro ângulo que o tornou tão diferente assim? Da luz irradiante da manhã, à penumbra do entardecer, me lembrou até a sombra dos prédios na faixa de areia e até mesmo um eclipse total, deixando escuro por alguns instantes a claridade do dia. Será que se eu te visse por outro ângulo algo mudaria? Ou você continuaria a me seduzir, a me ter com toda facilidade, a fazer o que bem quer de mim sem que eu peça nada em troca? Parece que por todos ângulos que te vejo nada muda. Continuas lá em meus pensamentos, atormentando a mente imaginativa de quem sente saudades de algo nunca vivido, mas que têm esperanças de que ainda possa acontecer, que de fato possas me ter além dos sonhos, na carne, que possamos nos conectar além da mente, na alma e que possas além de tomar meu tempo com coisas efêmeras, tornar - se perpetuamente dona do meu ser e que só a ti possa eu servir, enquanto assim quiseres.