Clamor do Andarilho do Amor

Errante imaginar! Ò viajante do tempo, aqui junto ao templo do amor dos amores imortais na linha do pêndulo, loucura da razão entrelaçada à emoção de amar a mesma forma escultural renascida das cinzas negras da paixão dentro da solitária masmorra dos dias, ali, no calabouço da vida, encostado de encontro com o barranco da pequena cava que desce a encosta, elevando a vida pelos caminhos de espinhos e pedras pontiagudas dos ponteiros. Ò Solitário Amante Andarilho deste arisco tempo! De repente cruza com o olhar: a doçura meiga e angelical da alma amada da Morena de Candura, reluzente mulher em essência e sensualidade à flor da pele, inebriando e embriagando o prazer de amar a vida. Nesta constância que renasce em cada entardecer e amanhecer da aurora, ela sempre renasce mais mística e encantadora, mais apaixonante e envolvente em suas curvas e contornos em seu escultural corpo de mulher, corpo que embriaga e na luz, na jus-busca por seguir em frente enfrentando os sortidos espinhos pontiagudos desta nossa estrada do tempo, ó Solitário Amante Andarilho do Tempo! Que na inércia de si: se joga na loucura de mais um momento ausente e distante de beijos e abraços adormecidos, vividos em outras vidas além desse mesmo tempo e junto ao templo de amor, templo dos amantes imortais da ampulheta.

Paraíso sensual e escultural, corpo de mulher que alimenta os sonhos e desejos deste que vos fala, Solitário Amante Andarilho do tempo! Aqui na magia da luz do olhar desta incrível e única mulher, mulher que ressurge, à essa altura do campeonato, ausente de pele, ausente do calor do corpo! Ò corpo! Ò Morena de Candura que apraz traz seu ser e sua alma, a viver em outra paragem bem distante, muito além da visão do mesmo olhar, e bem longe e ausente da montanha solitária do deserto da solidão. Nesta entropia da vida: navegar ausente na essência ou na distância e até mesmo a distância do tristonho e apaixonada visão, ali na penumbra! Na penumbra da alma, espírito entrelaçado ao laço do amor dos amantes, amor nas curvas secretas e aprazíveis da Morena de Candura ausente.

Enfim, neste Paraiso de seu corpo de mulher, destaco a insana razão e a emoção sempre revive com a mais tensa e intensa loucura de amar o mesmo amor que amamos em outras vidas e além, hoje exposto na lápide da vida com letras bem vividas tal amor para além desta vida! E sim! Na entropia de amar a alma que completa dois corpos, do sexo oposto e na junção da fusão, fusão completa, sínodo que ocupa o mesmo espaço no ciclo constante do tempo, aqui, junto ao santuário dos amantes imortais, amantes do amor real, humano e carnal da própria existência e na essência: Amor de Pele; Amor de Corpo; Amor de Alma.

Nute do Quara Correção Leon de Aguiar

NUTE DO QUARA
Enviado por NUTE DO QUARA em 03/07/2022
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