A lua e eu...
Feito um compasso em noventa graus, o relógio comigo acordado
avisa que a madrugada é azul e só minha.
Da janela entreaberta, vejo no céu a lua vestida de noiva.
Disfarçada, faz de conta que não me vê, como se fingisse também não sentir solidão.
Oh lua sempre bela, sempre nova !
Ama-me tanto como amo a sua meninice.
Com sua doce claridade, branqueia a inspiração do poeta
e leva um recado pro meu bem querer.
Diz que a saudade é brisa fria e persistente
que entra pelas frestas deste silêncio.
Lua linda, companheira, cúmplice deste sentimento !
Entenda que o coração chama pelo amanhecer sonoro da passarada,
que vem saudar o novo dia e renovar de dourado a esperança.
Lua menina, faça as pazes comigo, seja solidária!
Além do encantamento, entregue também um beijo meu
embebido no mais puro amor e eternizado neste poema...
Jobe Junior
Como o tempo
(esta é a canção)