Foram dias e dias te esperando.
Meu coração já não palpitava ansiedade.
Corpo já quase não ficava queimando,
o que crescia era a imensa saudade.
A casa ficou pequena, de tanto que caminhava,
na sacada eu sentava e te esperava.
Imaginava voce no portão, e num breve aceno
me estendia a mão.
Não cansei não, aliei-me as nossas músicas,
aquelas que nos oferecemos todas as noites
e ficava ouvindo e imaginando-o me fazendo a corte.
Aprendi a não reclamar distância,
aprendi a não reclamar ausência,
aprendi a te esperar com paciência.
E então voce chegou de repente,
senti meu sorriso estender-se pelo horizonte
e fiquei feito boba imaginando o abraço.
O abraço veio em forma de sorriso
e palavras de alguém carinhoso.
Valeu a pena, como valeu a pena esperar por voce.
Foi o mesmo que ganhar um carrinho
cheinho de algodão doce!