Porquês
Eu escrevo porque não sei fazer diferente E por que escrever compensa quase todos os silêncios.
Não sei planejar, não sei escrever pensadamente ...
As palavras são aladas e me revoam,
As palavras são riachos fluindo de meu eu mais fundo Para a beira das mãos
Assim escrevo... Com pressa, com volúpia, na ânsia de não Perder nenhuma sílaba
Não faço versos, não crio prosa Não uso rimas, não tenho rimas... Apenas me estampo no papel em branco Cada palavra vinda do sentimento
Sem revisões, ilógicas e até, imprecisas,
Sem o refino do pensamento, Mas vivas, como o sangue do que sinto Escorrendo pelo dedos.