Ébrios

 

Bêbados com vistas cruzadas pelas estradas

Contam histórias atropeladas, emborrachadas.

Pulam palavras em pleno soluço igual um dia de coqueluche.

Ébrios da lua com passos trôpegos mudam de calçadas e brigam com as ruas.

 

O tempo é pouco, em poucas horas toma todas, brigam com os gatos nos becos escuros. 

Cortam os laços e num desabafo caem em sono profundo.

Dormem falando dos desenganos, não soltam os cadaços, se perdem num compasso em dias de chuva. 

 

 

Se for Carnaval nem se fala, a rua é cama, no dia seguinte, as ruas são tramas, acorda com o sol, sem carteira, sem amigos e sem grana.

O alambique foi sua dama e a dona de casa que aguente.